Páginas

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Liberdade




Existe um outro modo de exercer a liberdade, à primeira vista menos sublime, mais pobre, mais humilde, mas muito mais freqüente, ao fim e ao cabo, e que é de uma imensa fecundidade humana e espiritual: não apenas escolher, mas também aceitar aquilo que não escolhemos.
(Jacques Philippe)

Toda a pessoa tem direito à liberdade religiosa (…) de tal maneira que, em matéria religiosa, não se obrigue ninguém a actuar contra a sua consciência nem o impeçam de actuar de acordo com ela em privado ou em público, sozinho ou associado a outras pessoas. (Concílio Vaticano II)

É fácil estabelecer a ordem de uma sociedade na submissão de cada um dos seus componentes a regras fixas. É fácil moldar um homem cego que tolere, sem protestar, um mestre ou um Corão. Mas é muito diferente, para libertar o homem, fazê-lo reinar sobre si próprio.
Mas o que é libertar? Se eu libertar, no deserto, um homem que não sente nada, que significa a sua liberdade? Não há liberdade a não ser a de «alguém» que vai para algum sítio. Libertar este homem seria mostrar-lhe que tem sede e traçar o caminho para um poço. Só então se lhe ofereceriam possibilidades que teriam significado. Libertar uma pedra nada significa se não existir gravidade. Porque a pedra, depois de liberta, não iria a parte nenhuma. (Antoine de Saint-Exupéry)

A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão. (Massimo Bontempelli)

Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis. O problema é liberdade sem responsabilidade. (Milton Friedman)

Nenhum comentário: